sábado, 17 de maio de 2014

Arsenal 3a2 Hull City: É campeão!

Acabou a agonia da espera. Após nove anos, o Arsenal voltou a sentir aquele gostinho especial. E que fica ainda mais saboroso quando acontece do que jeito que aconteceu hoje.

* Foi no palco de Wembley, com quase noventa mil presentes;
* Foi de virada, após ver o adversário abrir 2a0 com oito minutos de jogo;
* O empate foi anotado por Koscielny, aquele mesmo da trapalhada numa final de Copa da Liga Inglesa. Zagueiro que mostra grande evolução técnica e amadurecimento com a camisa do clube;
* A partida foi até a prorrogação;
* O gol do título foi marcado pelo nosso grande nome na temporada: o brilhante galês Aaron Ramsey;
* Houve um susto monstruoso no final, quando após escorregão de Mertesacker, Fabianski abandonou o gol e por muito pouco não cedemos o empate;
* Estamos falando da FA Cup, a mais antiga competição de clubes na história do futebol.

Parabéns ao clube, ao elenco, aos torcedores e ao magnífico técnico Arsène Wenger. O time jogou bonito, como estamos acostumados a ver. Mesmo com todos os ingredientes para ser uma final tensa, a equipe manteve-se psicologicamente firme e tecnicamente forte. Suas substituições foram precisas. O título foi para coroar talvez não um ano, mas uma seqüência de anos de espera. Quase uma década. Mas, pelo menos para mim, jamais a confiança em Wenger esteve abalada. Mais à vontade do que nunca para dizer que temos um dos maiores técnicos do mundo.

Que venham novas conquistas! É campeão!
 Pode comemorar, torcedor do Arsenal! A espera acabou! E com estilo! É campeão!

domingo, 23 de setembro de 2012

Botafogo 2a2 Corinthians: Mais Uma Aula De Seedorf

Estou ficando bom na arte de chegar às arquibancadas com o jogo em andamento. E, curiosamente, tem saído gol rapidinho quando isso acontece. Foi assim diante do Náutico, quando não vi o gol de letra de Elkeson e, hoje com o Corinthians, a lentidão na linha 238 sentido Água Santa me fez perder cerca de 20 minutos de partida, suficiente para saírem os três primeiros gols do jogo (quando um funcionário na catraca disse que estava 2a1 Corinthians, achei que fosse algum tipo de gozação).

De toda forma, vi um Botafogo com bom volume de jogo na busca pelo empate. Pelo lado do Corinthians, uma equipe sólida na composição e bem distribuída em campo, parecia ter grande noção do que fazer e quando fazer. Várias facções corinthianas marcaram presença em peso no setor Norte, tentando empurrar o time visitante. Douglas atuava em bom nível, mostrando facilidade para encontrar jogadores livres e escapar da marcação.

Mas aqui o foco é o Botafogo, e, por falar em marcação, Dória fez mais uma ótima partida. Firme, atento e eficiente, o jovem zagueiro mostrou mais uma habilidade: a de inverter o jogo através de lançamentos longos, o que indica que o jogador tem visão periférica acima da média. Principalmente da média de zagueiros nesse Botafogo, haja visto Fábio Ferreira, que às vezes parece estar jogando com os olhos vendados, sem saber pra onde chutar.

Lucas pela falta de precisão e Márcio Azevedo pela falta de participação dificultaram demais a transição ao ataque pelos flancos do gramado. Fellype Gabriel também não fazia grande partida mas, felizmente, havia um certo Clarence Seedorf para ser o fator de desequilíbrio (pra não dizer que levava o time como um todo nas costas). Seu segundo gol foi pra coroar a atuação (o primeiro não cheguei a tempo de assistir).

Por sinal, a mexida de Oswaldo de Oliveira ao trocar Márcio Azevedo por Nicolás Lodeiro foi excelente. Puxou Fellype Gabriel para a lateral-esquerda e enconstou o uruguaio em Elkeson, permitindo maiores possibilidades de tramas de jogadas beirando a área adversária, coisa que estava difícil dado o isolacionismo do pseudocamisa nove. Empatamos e, se não vencemos, temos de lembrar de uma arbitragem que apareceu pelo lado negativo. Ora confusa, ora equivocada, como na não-marcação de um pênalti sobre Jádson.

Um time que joga com essa postura, que apresenta esse poder de reação e que, em dois jogos com o campeão da Libertadores, marcou quatro pontos, merece um lugar no G4. Carecemos de presença de área, chegando a ser uma covardia depender tanto da genialidade de Seedorf. Mas é notório como temos qualidade na meiuca (dá-lhe holandês!) e como a presença de Dória subiu o nível na defesa. Falta o homem-gol. Às vezes fico pensando que Túlio Maravilha, com seus quarenta e não sei quantos anos, contando com a colaboração de Seedorf, Andrezinho e Lodeiro, poderia já ter passado da marca do milésimo...

Como cheguei com um atraso que me impediu de assistir três gols, prefiro não elaborar aquela análise das atuações com notas para os jogadores. De toda forma, fica aqui registrado o show de Seedorf, a participação positiva da torcida após o gol de empate e a arbitragem abaixo da crítica.

Galeria de imagens (caputradas a partir do setor Leste Superior)



sábado, 15 de setembro de 2012

Arsenal Silenciando Os Corneteiros

Os empates sem gol nas duas primeiras rodadas na Premiership 2012-3 (Sunderland em casa e Stoke City fora) foram suficientes para que alguns viessem a praguejar sobre a temporada do Arsenal.

Na sequência, vitória sobre o Liverpool em pleno Anfield Road (2a0). E hoje, goleada por 6a1 sobre o Southampton, no estádio Emirates. Pergunta-se: cadê os críticos de ocasião?

Se são movidos meramente pelos resultados, que continuem sumidos. Próxima parada é na França, onde faremos a estréia na Liga dos Campeões, diante do Montpellier (clube de onde contratamos Olivier Giroud). Uma vitória teria benefício duplo, pois largaríamos bem na competição continental e ganharíamos ainda mais moral para a partida seguinte, pelo Campeonato Inglês, diante do atual campeão Manchester City.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Botafogo 1a1 Internacional: Sem Seedorf, Com 'Seedinho'

Foi positiva a atitude do Botafogo dentro de campo e dos botafoguenses nas arquibancadas. O time, no gramado, tentou impôr seu estilo de jogo. A torcida, no estádio, empurrou a equipe com cânticos e apoio que duraram a maior parte do tempo.

Porém, pelos menos dois obstáculos se apresentaram para evitar a vitória naquela noite de quinta-feira. Um deles foi o Internacional, que se propôs a jogar em contra-ataque, concentrado no campo de defesa e saindo em velocidade, apostando no nosso erro - e nós cometemos alguns. Outro deles foi a ausência de Clarence Seedorf, muito sentida num time que cria pouca coisa a partir da intermediária ofensiva. É possível também elencar um terceiro obstáculo, que foi o árbitro Elmo Resende, (ir)responsável por não marcar pênalti claro em Elkeson, perto do final do jogo.

Mais comentários sobre a partida podem ser vistos no blógui Jogada De (E)feito.

Atuações

Jéfferson - Correspondeu no pouco que precisou participar, isento de qualquer culpa no gol de Leandro Damião. Nota 7.

Lucas - Teve uma atuação regular, sem o brilho que supostamente possa se esperar de um jogador recém-convocado para a seleção brasileira nem os erros que supostamente possam se esperar de alguém que já vacilou bastante ao longo da temporada. Nota 6.

Fábio Ferreira - Único vaiado na noite, não teve uma atuação comprometedora, mas cedeu espaços pelo seu setor. ´Precisará trabalhar forte para reconquistar a confiança dos torcedores. Nota 5.

Dória - Dezessete anos de idade e muita personalidade. Firme no jogo aéreo, atento e preciso para dar o bote em jogada de mano-a-mano, já mostra qualidades para se manter entre os titulares. Tá dando gosto de ver. Nota 8.

Márcio Azevedo - Omisso, com uma ou duas chegas até a linha-de-fundo durante todo o tempo de jogo. Mesmo quando as jogadas pediam sua aproximação, se mantinha mais atrás. Resta saber se foi opção do treinador ou espontaneidade própria. Nota 2.

Jádson - Marcou e saiu para o jogo com qualidade, algumas vezes articulando a saída ao ataque e auxiliando Andrezinho na criação. Saiu aos trinta minutos do segundo tempo. Nota 8.

Gabriel - Sua parceria com Jádson na proteção à defesa funcionou bem, embora tenha ficado para trás em algumas jogadas de velocidade. Deu belo chute no segundo tempo, espalmado por Muriel. Nota 7.

Lodeiro - Teve dificuldades para se desvencilhar da marcação, carregando a bola e procurando opções, mas, na prática, pouco produzindo. Nota 5.

Andrezinho - O elemento de maior mobilidade no campo de ataque, certamente teria rendido mais se Seedorf estivesse em campo. Nota 7,5.

Fellype Gabriel - Não foi capaz de envolver os adversários que caíam pelo seu lado. Talvez se Márcio Azevedo aparecesse por ali, seu trabalho seria facilitado. O fato é que o time melhorou depois que deu lugar a Cidinho. Nota 5,5.

Elkeson - Mostrou mais uma vez não ter o cacoete de centroavante. Sua mobilidade foi muito mais de um sexto homem de meio-campo que de uma referência no ataque. De toda forma, sofreu um pênalti não marcado pela arbitragem e se esforçou. Nota 6.

Cidinho - Após sua entrada, o time ganhou em movimentação, aumentando a aproximação à área adversária. Marcou o gol em jogada onde esbanjou senso de posicionamento e oportunismo, características dignas de um... centroavante. Nota 8,5.

Sassá - Atuou por cerca de vinte minutos, tendo entrado no lugar de Lodeiro. Pouco efetivo quando com a bola, acabou não sendo uma substituição proveitosa. Sem nota.

Jéferson Paulista - Apesar de ter entrado aos trinta minutos do segundo tempo (pouco tempo em campo para dar uma nota ao jogador), foi fundamental na busca pelo empate, sendo o autor de linda assistência para o gol de Cidinho. Sem nota.

Oswaldo de Oliveira - A falta de jogadas de penetração escancarou a dependência de Seedorf. A atuação demasiado recuada de Márcio Azevedo, se agradou ao treinador, não deveria, principalmente tendo em vista a nulidade da equipe pelo lado esquerdo de ataque. Precisa corrigir o posicionamento nos escanteios, pois também contra o Náutico o time passou dificuldades em contra-ataques adversários originados nesse tipo de lance. As substituições foram corretas. Nota 6.

Torcida - Onze mil presentes que abraçaram o time e empurraram na busca pela vitória, pelo empate (exceção às vaias para Fábio Ferreira) e pela virada. Participação positiva mais pela postura que pelo qualitativo que pelo quantitativo. Nota 8.

Galeria de imagens (capturadas a partir do setor Leste Inferior).



Temos também esses dois vídeos: "Da Euforia À Depressão No Engenhão" e "Torcida Botafoguense Empurra O Time No Engenhão"

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Botafogo 3a1 Náutico: Sufoco e superação

Longe de ser uma vitória convincente, os três pontos conquistados na tarde de domingo diante do Náutico serviram para mostrar um Botafogo competitivo e esforçado na busca pelo objetivo de adentrar na zona de classificação para a próxima Copa Libertadores da América.

Desfalcado em todos os setores, o time foi escalado com diversos atletas jovens provenientes das divisões de base do clube. Um ótimo sinal no sentido de que há um trabalho produtivo sendo desenvolvido com a garotada, mas foram tantos os vacilos cometidos que a vitória foi talvez mais uma questão da sorte nos sorrir do que um mérito propriamente dito.

Mais sobre o jogo pode ser lido em "Botafogo Passa Sufoco, Mas Vence Náutico E Segue Subindo".

Atuações

Renan - Entre erros e acertos, conseguiu uma importante defesa para evitar o empate do Náutico. Pode estar longe de ser uma unanimidade, mas cada vez mais vai ganhando a confiança dos torcedores, já consolidado como reserva de Jéfferson. Nota 7.

Lucas - Já rendeu mais no apoio, hoje sendo muito mais um homem para fechar a defesa pela direita do que para se apresentar como alternativa no ataque. Prefiro vê-lo mais solto em campo, o que não necessariamente represente irresponsabilidades com a defesa. Nota 6.

Brinner - Uma de suas atuações mais inseguras, sobretudo quando com a bola nos pés, onde errou passes simples e recuou ao goleiro quando tinha outras alternativas mais viáveis. Felizmente, não comprometeu. Nota 5.

Dória - Dezessete anos de idade e uma personalidade incrível. Tem muito o que evoluir tecnicamente, mas já se apresenta como nome para o plantel principal e pode ser considerado uma grata promessa para o futuro. Nota 6.

Lima - Jogou o básico e embora tenha sido às vezes envolvido nas jogadas adversárias, mostrou bom senso de posicionamento na maioria das vezes. Nota 6.

Jádson - Parece cada vez mais à vontade com a camisa botafoguense e, mesmo com os retornos de Marcelo Mattos e Renato, deverá disputar uma posição entre os onze iniciais. Nota 7,5.

Gabriel - Esforçado, ajudou na proteção à defesa. Cometeu um pênalti típico dos inexperientes, erro que se justifica pela pouca idade. Nota 7.

Fellype Gabriel - Ponto de equilíbrio no meio-campo, foi figura relevante para a transição ao ataque e recomposição na defesa. Caiu de rendimento no segundo tempo e, aparentemente cansado, foi substituído no final. Nota 7.

Andrezinho - Com duas assistências para Elkeson e um gol em momento fundamental (o Náutico ameaçava chegar ao empate), talvez tenha sido o grande nome da tarde. Está conseguindo ser rápido e objetivo com a bola nos pés, facilitando as chegadas ao ataque. Nota 9.

Clarence Seedorf - Esbanjando talento e consciência tática, mostra que cada passo que dá em campo tem alguma razão de ser. Mesmo sem ser brilhante, marcou presença com e sem a bola, tendo dado a assistência para o último gol do jogo. Nota 8.

Elkeson - Dois gols e vontade de ajudar. Ponto. A função de centroavante (ainda) não é a sua praia, mas para alegria dos botafoguenses, esteve numa tarde onde o oportunismo foi maior que o desperdício. Nota 8.

Vinícius - Entrou aos dezoito minutos do segundo tempo no lugar de um contundido Brinner, e foi muitas vezes envolvido nas jogadas do Náutico. Nota 4.

Gilberto - Apesar de todo o gás demonstrado nos pouco mais de vinte minutos em que esteve em campo, conseguiu a proeza de perder praticamente todas as disputas com os jogadores que caíam pelo seu lado. Precisa ficar mais esperto na marcação. Sem nota.

Cidinho - Entrou para dar velocidade a um time previsível e sob pressão do adversário. Em cerca de dez minutos no gramado, poucas vezes foi acionado. Sem nota.

Oswaldo de Oliveira - Sem sete ou oito jogadores considerados titulares, conseguiu armar um time que, embora oscilante, em nenhum momento perdeu a vontade de vencer o jogo. Nas substituições, fez simplesmente o que a ocasião pedia - antes tarde, do que mais tarde. Nota 7.

Torcida - Com cerca de dezoito mil presentes, a torcida foi sensacional quando passou a cantar forte exatamente no momento em que o Náutico pressionava na busca pelo empate. É esse o espírito da coisa - comparecer e jogar junto. Nota 8.

Galeria de imagens (capturadas a partir da bilheteria Oeste e do setor Oeste Superior)







domingo, 29 de julho de 2012

Botafogo 1a0 Figueirense: Quando a atuação é o que menos importa

Gramado horroroso. Público deprimente. Atuação irregular. Vitória sofrida. Estão aí quatro ingredientes que, juntos e misturados, deram o sabor da noite de sábado para o botafoguense que compareceu ao estádio Engenhão e assistiu, finalmente, a primeira vitória da equipe sob a batuta de seu camisa dez, Clarence Seedorf. Se o sabor foi doce ou amargo, cabe a cada um responder. Mas o fato é que o resultado foi muito bem-vindo e deve tranqüilizar o ambiente na busca por novas vitórias numa temporada onde a expectativa é de, no mínimo, a conquista de uma vaga na próxima Copa Libertadores da América.

Oswaldo de Oliveira pareceu bem-intencionado ao escalar a equipe com um meio-campo leve, composto por Renato, Fellype Gabriel, Andrezinho e Seedorf. O rendimento do time como um todo, embora decepcionante, não deve servir de justificativa para abandonar tal formação. Acontece que, com uma defesa um tanto irregular, a figura de um volante especificamente de contenção parece elemento obrigatório na meiuca alvinegra, que tem Marcelo Mattos e Lucas Zen lesionados e conta somente com Jádson à disposição como especialista na posição.

De positivo, a ótima atuação do zagueiro Brinner, que não apenas substituiu o suspenso Antônio Carlos sem decepcionar como ainda foi determinante para a manutenção do zero no placar, garantindo os três pontos. De toda forma, é difícil ficar tranqüilo quando se vê Fábio Ferreira cometendo erros graves (no plural mesmo) e a torcida vaiando com o jogo em andamento - deveríamos deixar os erros de dentro de campo não contagiarem as arquibancadas, por mais vazias que elas estejam. Mais sobre o jogo pode ser visto em "Botafogo Vence Figueirense, Mas Atuação Não Convence".

Atuações

Jéfferson - Defesas importantes ao longo do jogo e uma reposição de bola inteligente, procurando o jogador livre pelos flancos do campo. Sua última intervenção foi salvadora, bloqueando remate quando só havia ele e o atacante adversário, aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Nota 10.

Lucas - Irregular, algumas vezes abandonava o setor direito da defesa e aparecia no lado esquerdo, restando saber se era para fazer alguma espécie de cobertura ou se era apenas falta de noção de posicionamento mesmo. No apoio, quase nada acrescentou. Nota 3.

Brinner - Fundamental para a vitória, teve pelo menos duas intervenções providenciais, sendo a última delas com uma importância de gol, aos quarenta e cinco minutos do segundo tempo. Embora nem sempre levasse vantagem na marcação, cumpriu bem o seu papel, sobretudo pelo fiasco da atuação de seu companheiro de zaga. Nota 9.

Fábio Ferreira - Mandou para a estratosfera a paciência dos torcedores presentes, cometendo dois erros bisonhos ainda no primeiro tempo. Nota 2.

Márcio Azevedo - Apareceu menos vezes que o habitual para prestar apoio ao ataque, mostrando qualidade na maioria das vezes em que se apresentou no campo ofensivo. Na defesa, ficou mais correndo atrás dos adversários do que conduzindo a bola. Nota 5.

Fellype Gabriel - Teve disposição o bastante para auxiliar na marcação e no apoio, com um desempenho tático admirável. Mas pode jogar com mais qualidade do que isso, mesmo estando um tanto deslocado de sua posição original. Nota 6,5.

Renato - Apesar de dar bastante qualidade à saída de bola, com visão de jogo e passes apurados, sua função no jogo exige maiores cuidados na proteção à defesa, como por exemplo não segurar demais a bola nas proximidades da intermediária defensiva. Nota 6.

Andrezinho - Participativo, ajudou na fluidez ao ataque através de deslocamentos sem a bola e algumas tabelas de qualidade quando com ela dominada. Mostra-se como a melhor opção para jogar ao lado de Seedorf no meio-campo, tendo sido premiado com o gol da vitória. Nota 8,5.

Clarence Seedorf - Boa atuação, circulando pelo gramado conforme o andamento do jogo pedia - em alguns momentos, atuou mais recuado para organizar a saída de jogo; em outros, ficou mais adiantado e aumentou o poder de penetração da equipe nas jogadas de ataque. Parece ter um dom descomunal em entrar no ritmo de jogo, nem parecendo que este seja somente o 3º jogo oficial pós-férias. Nota 8.

Elkeson - Buscou abrir espaço na defesa adversária, colocou bola na trave, trocou alguns passes. Mas, mais uma vez, não conseguiu manter uma regularidade ao longo da partida. Nota 7.

Rafael Marques - Sua atuação pode não ter sido nem perto da ideal, mas foi muito acima do que o tom da cobrança proveniente das arquibancadas. É necessário paciência, caro torcedor. Gritar "El Loco" não deverá ajudar alguém que ainda está em fase de adaptação. Nota 4.

Vítor Júnior - Entrou no intervalo no lugar de Rafael Marques e melhorou a dinâmica ofensiva. Expulso aos trinta e três minutos pelo segundo cartão amarelo, quase complicou a vitória da equipe. Nota 2,5.

Jádson - Colocado em campo aos trinta e seis minutos do segundo tempo no lugar de Fellype Gabriel, entrou para proteger a defesa mas o fato é que o Figueirense criou diversas possibilidades de gol nos minutos finais. Sem nota.

Rodrigo Dantas - Entrou no finalzinho no lugar de Seedorf, aparecendo no jogo basicamente para que o torcedor lembrasse de um certo camisa treze uruguaio (visual parecido). Deu um chute forte em contra-ataque, mas sem direção. Sem nota.

Oswaldo de Oliveira - Uma proposta interessante a de escalar um meio-campo com bastante mobilidade, mas os sustos dados pela defesa mostraram que falta consistência nessa formação. Acertou nas substituições, e se elas não funcionaram melhor foi muito mais por questões técnicas do que táticas. Nota 5,5.

Vou aproveitar e também fazer uma análise pela atuação da torcida - uma torcida que cobra bastante do time mas que compareceu com cerca de 5.000 presentes na noite de sábado. Acho que o botafoguense que se desloca ao Engenhão deveria ver-se no evento como figura relevante para incentivar o time, evitando vaias antes do apito final, mesmo que a ocasião faça um convite ao contrário. Se fosse para dar uma nota pelo conjunto da torcida, hoje seria 1.

Galeria de imagens (capturadas a partir do Setor Norte)
 
P.S.: os leitores mais atentos perceberão que o título desse tópico tem relação com o do jogo em que perdemos para o Grêmio por 1a0, na estréia de Clarence Seedorf.